Entrevista: Maurício Gomyde, autor de "O mundo de vidro"

Ele é escritor, compositor, baterista... e ainda achou tempo para nos dar uma entrevista!
Esse é Maurício Gomyde, autor super simpático de "O mundo de vidro", romance divertido que conta a história de "Ele" e "Ela", isso mesmo, os personagens não tem nome! Curioso para saber o por que? Então vamos a entrevista... Ah! E uma ótima notícia para o blog e seus leitores, é que ele avisa: "Se o Verbologia quiser manter a parceria para o próximo livro, será um prazer pra mim." Nem precisamos responder não é? ;)


VERBOLOGIA PINK - Quando decidiu ser escritor?

Maurício Gomyde - Difícil precisar um momento específico. Eu, como muita gente que vai ler esta entrevista, sempre gostei de ler e sempre fui um "contador de histórias". Desde pequeno, nas festas de final de ano, a família parava pra me ouvir contar piadas...rsrsrs. Chega uma hora em que você passa a sentir vontade de colocar as suas próprias histórias no papel. E eu tive uma formação que possibilitou isso, porque estudei numa escola que obrigava os alunos a escreverem muitas redações. À época eu achava um saco, mas hoje sei o tanto que foi válido...rs.


VP - Em "O mundo de vidro" os personagens principais se chamam Ele e Ela, o que motivou essa escolha de nomes?

Maurício - Pelo menos pra mim, escolher nomes é sempre difícil. Mas, naquele caso, eu queria, indiretamente, dizer "não importa o nome das personagens, e nada mais, quando estamos falando de amor". A coisa é tão nonsense que todas as outras personagens têm nomes em inglês (e o livro não se passa nos EUA ou Inglaterra...rs). Aliás, foi a coisa mais difícil, sabia? Conseguir terminar o livro sem citar o nome dos dois. Mas foi um desafio gostoso de tentar.


VP - Qual a melhor coisa que te aconteceu desde que publicou seu livro?

Maurício - Na verdade, não é UMA coisa, mas uma séria de coisas. A melhor de todas tem sido o contato com os blogueiros. Acho que, aqui, estão os verdadeiros leitores, aqueles que gostam da arte, que apreciam-na verdadeiramente. Que não se deixam levar só porque alguém disse que o livro vendeu bem lá fora, ou porque alguém fez uma lista com suas próprias opiniões. Aqui se forma opinião, as pessoas procuram, buscam, perguntam, interagem. Conheci muita gente nesse processo, e pro novo livro o contato vai ser mais intenso ainda.


VP - Em seu blog encontramos algumas novidades do seu novo livro, o que pode nos adiantar sobre ele?

Maurício - Bom, adianto apenas que mantive a linha e o jeito de escrever. Tem muita poesia, música, partes engraçadas. É a história de uma jovem, e fala sobre um aspecto específico do amor. Lanço no final do ano, e quem quiser acompanhar a evolução (a capa sai em breve, a sinopse e alguns trechos) pode ir ao www.mauriciogomyde.com.


VP - O que está lendo no momento?

Maurício - Estou lendo dois, no tempo que o tempo permite... o "Um Dia", do David Nichols, e um chamado "Techniques of The Selling Writer", do Dwight Swain. O primeiro é um romance, e o segundo é um livro técnico sobre a arte da escrita.


VP - Além de escritor você é baterista e compositor... você seria capaz de escolher qual das duas paixões é a mais forte?

Maurício - São coisas tão entrelaçadas que é praticamente impossível dissociar uma coisa da outra. No momento, como estou na fase final do livro, acho que estou mais apaixonado pela arte de escrever. Mas são ciclos, e daqui a pouco volta a vontade de compor novas coisas.


VP - Que dica daria para nossos leitores que querem ser escritores também?

Maurício - Conte as SUAS histórias, não as histórias dos outros. Por mais que você vá contar algo que não tenha feito parte da sua vida, são as suas experiências que ali estarão. Assim fica verossímil, e você deixa registrado um pouco de quem é você. E não tenha medo de se expor, de correr atrás, de batalhar seu sonho. É difícil demais, mas a recompensa vem quando é feito com o coração e com profissionalismo.


VP - Para terminar, por que as pessoas devem ler "O mundo de vidro"?

Maurício - Bom, não vou aqui fazer a apologia do "leia porque é um autor nacional e temos que valorizar a literatura brasileira"...rs. Ou o livro é bom, ou não é, seja nacional ou internacional. Se as pessoas quiserem tentar, se quiserem se divertir e conhecer uma história ao mesmo tempo louca e doce, é uma boa opção. O resto, deixo a critério da avaliação de cada um. Espero, apenas, que as pessoas curtam. Ah, e aguardem o lançamento do próximo também.


----------
Siga o Maurício no twitter! @mauriciogomyde