"Toda vez que pedir para sair eu vou, toda vez que pedir pra voltar seja já, toda vez que pedir pra compreender eu calarei, e toda vez que não entender basta perguntar... Toda vez que pedir no claro, é claro que sim, no escuro for, será assim.
Toda vez que perder o rumo serei teu passo, se fugir desse mundo, deixe que eu te laço, toda vez que chorar será um abraço... Toda vez que despertar eu calmarei, toda vez que sonhar e esperar eu vou trazer, toda vez quando se entregar eu vou fazer... Toda vez quando demorar, eu vou perder o sono de vez, e toda vez que for embora, não serei mais eu..."
- pág. 218
Esse é o terceiro começo que escolho para essa resenha... não sei o porquê da dificuldade! Talvez por que, tal como em "O mundo de Vidro" eu devesse começar pelo final:
Recomendo esse livro para todos os que gostam de rir. Os que estão melosamente românticos. Os tímidos. Os estudantes de "
Master Applications for Economic Business". Os loucos. Os fãs dos Beatles. E, principalmente, aqueles que já leram de capa à capa o grande Best-Seller "Como Conquistar a Mulher Inconquistável - Uma visão Holística".
Assim vou terminar minha resenha, mas sobre o começo...
Preciso dizer que achei o livro promissor pelo prefácio, muito espirituoso, que nem foi bem um prefácio.
Mas, enfim, achei promissor.
A história é sobre Ele e Ela.
Ele é um grande perdedor... frustrado, preso a um trabalho e uma vida completamente infelizes, e sem a perspectiva de melhora. Além de, desde o começo, parecer um grande maluco pra mim.
Ela é descrita no livro como uma mulher linda e perfeita, mas achei ela tão "garota normal"... chorona, às vezes insegura, às vezes forte, como toda mulher.
Quando comecei a ler confesso que não gostei d'Ele. A maneira maluca como ele passou a viver em função dela me fez entender totalmente o porquê de ela achar ele um doido varrido. Me perturbou de verdade! Ele me deu medo (kkk), mas eu gostei d'Ela de cara (até o final!) e Ele se redimiu quando passou a entender como o amor deve ser vivido. Fica evidente para quem lê a diferença de paixão e amor. Não sei se era a intenção do Maurício, mas foi o que percebi. No começo Ele está tão obcecado que esquece de ser ele mesmo. O amor é verdadeiro, não mente. Mas, com algumas atitudes (que só vai saber quem ler ;)) ele prova que aquela paixão louca se transformou em um amor de verdade.
Os sentimentos dela são mais maduros. Ela o acha louco. Ela o conhece melhor. Ela gosta dele como amigo. Há um progresso aí, muito mais contido, mas igualmente romântico.
Mas, o livro também é uma grande comédia. Se fosse classificá-lo: "Romance Comediado" (entenderam o trocadilho com o termo "comédia romântica?" :D). Ele é muito sem noção, mas tanto que se torna o personagem mais engraçado do livro. Além de Sullivan, claro, que me matou de rir.
Enfim, como já concluí no começo (vide início do post) só vou deixar a dica... leiam esse livro. :)
UPDATE:
♫ Música para o livro: Crazy - Aerosmith ♫
PS: já leu a entrevista que o Maurício deu pra gente?
ENTREVISTA