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domingo, 15 de dezembro de 2013

Reiniciados ~ Teri Terry

Editora: Farol Literário
Páginas: 430
Gênero: Distopia
Título Original: Slated
Classificação:


"Desagregar: se tornar outra pessoa, deixar seus sentimentos para trás.
Estou me tornando uma especialista nesse aí.
Não estamos todos?" - pág. 69
Meu amor pelas distopias já foi declarado por diversas vezes nesse blog. Sou uma apaixonada por essas visões apocalípticas do futuro onde um pequeno, porém corajoso grupo/casal luta para mudar a cruel ordem estabelecida. Por esse motivo, e por achar a capa linda, trouxe mais um distópico pra casa. A escolha da vez, Reiniciados da Teri Terry.
A mocinha se chama Kyla, uma garota tímida e baixinha, que os dezessete anos não tem nenhuma lembrança de quem era antes de acordar em um hospital, para uma nova vida. Kyla foi reiniciada. Seus crimes e pecados foram esquecidos e ela agora é uma garota dócil e bondosa, não mais uma criminosa rebelde... será?
"Se eles aumentaram a minha capacidade de sorrir, devem ter tido de começar do zero" - pág. 21
"(...) não sou uma nova pessoa, não importa o quanto eles digam que sou. E se não sou uma nova pessoa, seja lá o que eu tenha feito, ainda está aqui, ainda é parte de mim, escondida em algum lugar." - pág. 171
Demorei um pouco pra compreender o que estava lendo. Não que Teri não tenha uma escrita muito boa, ela cria um clima de suspense do tipo "tem um mistério atrás de você, que vai te atacar a qualquer momento" que é muito legal e aguçou minha curiosidade para com a história. Mas, o problema é que há muitas interrogações e poucas respostas até quase o final do livro, aí fiquei um pouco perdida no contexto. O final ficou meio brusco.
Também não me apeguei ao Ben, o amigo colorido (SIM! usei esse termo ;D) da Kyla.
"Enquanto ele fala, eu escuto, mas parte de mim está pensando no que ele disse no início: e se ninguém me quisesse?
E eu penso Eu quero.
Mas não falo em voz alta." - pág. 257
Não sei por que, nem vou tentar explicar, mas fiquei o livro todo esperando que aparecesse outro cara. Não me julguem, mas não odeio (como grande parte dos leitores) um bem estruturado triângulo amoroso. Obviamente que é uma fórmula repetitiva e, pra mim quando não há uma terceira pessoa atrapalhando o amor dos protagonistas (como em Divergente) é muito mais legal e tal. MAS! Quando o mocinho em questão não satisfaz, é natural que você anseie que apareça alguém mais interessante. E... olha só!
"... há um homem que nunca vi antes. Ele está sentado na ponta da mesma, olhando para a turma, observando cada um enquanto pegamos nossos lugares. Murmúrios logo começam entre as garotas, e é fácil entender por quê: ele é lindo." - pág. 303
Novamente digo: não sei explicar o por quê, mas o professor Hatten e suas aparições sinistras, esporádicas e aleatórias lá pelo final do livro, me deixaram mais curiosa pela sequência do que uma tonelada de Ben. O personagem promete. Mas, como vários aspectos da história, não tem o destaque devido, e entra na minha lista de coisas e soluções que espero ver na sequência desse primeiro livro. Também vale comentar que a história se passa em Londres, diferente de muitas distopias que temos no mercado que estão vindo dos EUA. Achei a história um pouco parecida com Starters, por causa da coisa do chip e tudo mais, mas também diferente de todas as outras, por que cada autora tem um jeito único de contar sua história.
Reiniciados vale a pena.
Não é perfeito, mas uma ótima leitura. E eu gostei.


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