domingo, 30 de junho de 2013

Liberta-me ~ Tahereh Mafi

Editora: Novo Conceito
Páginas: 448
Gênero: Distopia
Título Original: Unravel Me
Classificação:


Liberta-me é o segundo livro da trilogia de Tahereh Mafi. Se no primeiro, Estilhaça-me, importava garantir a sobrevivência e fugir das atrocidades do Restabelecimento, em Liberta-me é possível sentir toda a sensibilidade e tristeza que emanam do coração da heroína, Juliette. Abandonada à própria sorte, impossibilitada de tocar qualquer ser humano, Juliette vai procurar entender os movimentos de seu coração, a maneira como seus sentimentos se confundem e até onde ela pode realmente ir para ter o controle de sua própria vida. Uma metáfora para a vida de jovens de todas as idades que também enfrentam uma espécie de distopia moderna, em que dúvidas e medos caminham lado a lado com a esperança, o desejo e o amor. A bela escrita de Tahereh Mafi está de volta ainda mais vigorosa e extasiante.

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"-Você precisa saber que eu sinto muito. Por - ele engole em seco - tê-la beijado daquele jeito. Confesso que não fazia ideia de que você me daria um tiro por isso." - pág. 266
Tudo bem, eu admito. Mudei de ideia outra vez.
Não, meu livro favorito do ano continua sendo Insurgente. Mas, Liberta-me, segundo livro da série Shatter me da Tahereh linda Mafi chegou bem perto de um empate.
O caso é outro minha gente.
Ainda amo o Adam, não se enganem. Eu ainda o amo. Mas, não há como ter o Adam como meu favorito nessa série. Não mais. Não quando temos Warner do outro lado.
EU SEI! EU SEI!
Mas, eu não pude evitar! :)
É o seguinte, como eu disse na resenha de Destrua-me, Tahereh já havia feito com que eu analisasse meu sentimentos pelo personagem.
Nesse segundo volume, que consegue superar o primeiro em reviravoltas e emoção, encontramos Juliette novamente. Dessa vez, nossa protagonista está vivendo com a resistência do Ponto Ômega, pessoas que parecem ser bem parecidas com ela. Todos ali tem um "dom". Mas, ela ainda não sabe onde está sua lealdade. Ainda não se sente em casa... apenas com Adam. Os dois finalmente podem ficar juntos... ou não?
Juliette tem que lidar com seus problemas amorosos e de autoestima, enquanto se prepara para uma verdadeira guerra contra o Restabelecimento e contra Warner, o terrível líder do setor 45.
"Por que alguém aponta o dedo e diz: 'Aqueles são os bandidos. Aqueles homens ali!'. Mate, eles dizem. Mate porque você confia em nós. Mate porque você está lutando no time certo. Mate porque eles são maus e nós somos bons. Mate porque estamos dizendo. Porque algumas pessoas são tão idiotas que pensam mesmo que há grossas linhas em neon separando o bem do mal." - pág 170
Juliette ainda não amadureceu muito quando se trata de seus relacionamentos com outras pessoas, mas não se passou tanto tempo assim desde que ela saiu de sua clausura. Não é fácil passar 17 anos sem ter contato real com ninguém e aprender a lidar com as pessoas assim do nada. Muita gente se irrita com ela por causa disso, mas eu não a julgo. É complicado.
Tahereh continua nos dizendo (sem o uso de quase nenhuma virgula) o que se passa na cabeça da garota. A bagunça que está lá dentro. E isso é muito legal de ver. Juliette está confusa. Novamente. Mas, a gente meio que também fica com o passar das páginas.
Não há dúvida de que O Restabelecimento e seu cruel Supremo não são a melhor escolha para a população maltratada e castigada, mas será que Castle e sua equipe são confiáveis? Será que sabem o que estão fazendo? Será que será preciso mesmo lutar? Além disso, Juliette não quer usar seus poderes para matar ninguém. Ela ainda os considera uma maldição, um motivo para odiar a si mesma e se desculpar com todos. Porém, para minha alegria, Tahereh trás ao centro do palco um personagem que amei no primeiro volume, mas foi pouco explorado. Kenji. Ah! Eu amo o Kenji!
"- Tudo o que faz é ficar sentada e pensar em seus sentimentos. Você tem problemas. Ó, coitadinha - ele diz. - Seus pais a odeiam e é muito difícil, e você tem que usar luvas pelo restante da vida porque mata as pessoas ao tocá-las. Quem se importa?" - pág. 144
Kenji é o tipo de amigo que Juliette precisa nesse momento. Por que há uma guerra acontecendo lá fora e ninguém liga para o fato de que é difícil ser ela. De que ela não sabe o que aconteceu com os pais dela. De que ela odeia seus dons. E muito menos para o fato de que ela está em dúvida sobre a quem pertence seu coração.
"Não posso deixar de pensar que 19 anos é jovem demais para desistir de alguém, que 19 anos de idade é apenas o começo, que é muito cedo para dizer a uma pessoa que ela nunca realizará nada além do mal neste mundo" - pág 295
E Juliette, lá para o finalzinho compreende que precisa reagir.
Há muitos trechos que eu gostaria de colocar nessa resenha. Para justificar minha mudança de opinião e tudo mais, mas não posso fazê-lo sem dar spoilers. Mas, tem MUITOS motivos! Mais precisamente o capítulo 62 inteiro! haha! Vocês deve estar ouvindo falar bastante desse capitulo, mas só... UAU! Você precisam ler o livro! hahaha!
Em questão de escrita, Mafi avançou bastante. Não deixou de usar seus famosos strike outs (thank you God!) que tornam a história diferente e nem usou de pontuações adequadas, outro ponto que dá um charme especial à escrita. Não há pausas nos pensamentos da personagem, então não há muitas vírgulas.
O enredo está nos levando um final que promete ser incrível... aí vem aquela sensação de que a gente quer que chegue logo, mas a tristeza de que não queremos que acabe.
De qualquer forma, que venha o próximo! Por que a curiosidade fala mais alto ;)


UPDATE:
Dedico nosso update musical... ao Warner! ;)
Kanye West ~ Love LockDown

Um comentário:

  1. Ok, só tem uma coisinha que eu espero da autora nessa trilogia "Não faça do Warner bonzinho e namoradinho da Juliette :P" admiro ele como vilão, ele tem uma força de vontade que é espetacular... perderia meu respeito por ele se ele ficasse de mimimimi e cheio de dúvidas u.u pronto falei ahauhaauah

    Estou com medo de ler Liberta-me, ah não que eu não seja fã da obra mas espero coisas que pelo visto não irão acontecer :/

    Beijos

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Esse post foi tão... ah! Não sei, diga você! :)