sábado, 15 de junho de 2013

Insurgente ~ Veronica Roth

Editora: Rocco
Páginas: 512
Gênero: Distopia
Título Original: Insurgent
Classificação:
 +1

Na Chicago futurista criada por Veronica Roth em Divergente, as facções estão desmoronando. E Beatrice Prior tem que arcar com as consequências de suas escolhas. Em Insurgente, a jovem Tris tenta salvar aqueles que ama - e a própria vida – enquanto lida com questões como mágoa e perdão, identidade e lealdade, política e amor.


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"- Insurgente. Substantivo. Uma pessoa que age em oposição à autoridade estabelecida, mas que não é necessariamente considerada agressiva.
...
- Eu gostei - digo - Insurgente. É perfeito." - pág. 446

 Divergente é, sem sombra de dúvidas, minha série favorita.
Sei que na resenha que fiz em outubro do ano passado falei sobre como estava dividida entre a distopia da Veronica e o "Estilhaça-me" da Tahereh Mafi, mas isso acabou. Não se engane, acho a distopia da Mafi a mais original de todas, mas Divergente é tão perfeito, tão certinho, surpreendente e bem escrito que não posso mais ter dúvidas de que a vitória é da Roth.
Recebi ontem o "Liberta-me", segundo livro da série da Tahereh, mas já garanto de antemão que Insurgente é a melhor sequência que já li. Estou certa disso.
Eu chorei lendo Insurgente como não havia chorado há muito com um livro. Fiquei de boca aberta em algumas cenas... :O Achei algumas escolhas da Veronica (foram muitas) polêmicas e igualmente acertadas. Cada uma delas.
Dá pra ver, claramente, o progresso dela como autora. Veronica Roth é um gênio.
Com sua protagonista baixinha e franzina.
Que não é bonita.
Que é confusa.
Que não faz ideia do que está fazendo.
Que eu amo.
Ao contrário de alguns colegas da blogosfera, não fiquei zangada com a Tris em momento nenhum. Se isso se deve ao fato de que a gente releva as falhas de quem a gente gosta... sei lá! Mas, o fato é: Tris tem motivos, e dos bons, pra entrar em parafuso.
No final do primeiro volume (certo, esse é o momento que aviso a você, que ainda não leu Divergente: vou comentar spoilers... sim sim sim. Ou seja, caso não queira saber de nada... afaste-se da luz! E pule para o trecho com estrelinhas, onde é seguro (:) muitas coisas ficam mal resolvidas.
Tris matou um amigo... como lidar com isso?
Marcus, o pai violento do seu namorado, está viajando com eles. Ela o odeia. Tobias também.
Seus pais estão mortos.
Sua facção de origem foi dizimada.
Sua facção de escolha está dividida.
Ela ainda não está certa de seus sentimentos por Tobias.
***Como lidar com tanto peso? Eu iria enlouquecer. Isso quase acontece com Tris.
"Não acreditei que ele fosse continuar me amando, apesar das coisas horríveis que fiz. Não acredito que ninguém seja capaz disso, mas isso não é problema dele, é meu." - pág. 164
Muita coisa acaba ficando pra ser resolvida logo no começo do livro. E isso me deixou um pouco preocupada à princípio. Será que a autora ia se perder na história? Mas, isso ficou longe de acontecer. Veronica escreveu uma sequência que cumpre o papel de sequência: ser melhor que o primeiro, e poucos (ou quase nenhum) autor consegue isso. Porém, se "Divergente" tem toda aquela descoberta de todo um novo mundo. Um mundo dividido por facções e crenças. "Insurgente" vem pra trazer todo esse mundo abaixo de uma maneira diferente, interessante e nada monótona. Há, em todo momento, algo importante acontecendo e você sente uma ansiedade desesperadora e gostosa! rsrs
Quem estava por perto enquanto eu lia se assustava com os meus:
"MEU DEUS!"
"NÃÃÃÃÃÃÃO ACREDITOOO!"
"MEU JESUS CRISTINHO!"
E, é claro, o mais comum:
"O QUE??????"
Sério. Não sei ler em silêncio. Sem contar as vezes que tive de parar para acalmar meu coração acelerado.
Gosto dessa capacidade que um livro bem escrito tem de te fazer mergulhar na história. Além de suspirar com o Quatro, óbvio.
"- Se você morrer, eu morro junto. - Tobias olha para trás e me encara. - Pedi para você não fazer isso. Você tomou sua decisão. Essas são as consequências." - pág. 331
"Levanto o braço e encosto a palma da mão no vidro.
Os gritos cessam, e seu rosto aparece atrás do vidro. Seus olhos estão vermelhos; seu rosto, manchando. Ele é bonito. Ele me encara por alguns segundos, depois encosta a mão no vidro, alinhando-a com a minha. Finjo sentir o calor dela através do vidro.
Tobias encosta a testa na porta e fecha os olhos com força" - pág 374
Ainda não falei direito da história.
A emoção é grande aqui!
Então, além de todo drama da Tris, a sociedade estabelecida das facções não está mais tão estabelecida assim. Uma guerra pode estar se aproximando, uma facção (nada de spoiler) foi praticamente dizimada, outra foi dividida ao meio e ainda outra parece estar querendo ficar de fora da briga. Mas, será que isso é possível? Muita ação em todas as páginas. Surpresas, surpresas, surpresas! Algumas perdas (o pessoal está chamando Veronica de killer por caus desse livro kkkk). Tudo em uma história bem desenhadinha que vai agradar os fãs em cheio!
Muito. Bom. De. Verdade. Amém.
"Você falhou. Você não é capa de me controlar! Você nunca será capaz de me controlar." - pág. 368
UPDATE:
Duas musiquinhas para Insurgente. Uma para Tris e Tobias. Outra pra trilha da história. 

Arms- Christina Perri


Timshel - Munford & Sons

Um comentário:

  1. Todos falam bem dessa série! Vou ter que lê-la para poder comentar também haha

    Beijos,
    Caroline, do Criticando por Aí.

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Esse post foi tão... ah! Não sei, diga você! :)