Editora: Intrínseca
Páginas: 352
Classificação:
Muito tempo atrás, não se sabia que o amor é a pior de todas as doenças. Uma vez instalado na corrente sanguínea, não há como contê-lo. Agora a realidade é outra. A ciência já é capaz de erradicá-lo, e o governo obriga que todos os cidadãos sejam curados ao completar dezoito anos. Lena Haloway está entre os jovens que esperam ansiosamente esse dia. Viver sem a doença é viver sem dor: sem arrebatamento, sem euforia, com tranquilidade e segurança. Depois de curada, ela será encaminhada pelo governo para uma faculdade e um marido lhe será designado. Ela nunca mais precisará se preocupar com o passado que assombra sua família. Lena tem plena confiança de que as imposições das autoridades, como a intervenção cirúrgica, o toque de recolher e as patrulhas-surpresa pela cidade, existem para proteger as pessoas. Faltando apenas algumas semanas para o tratamento, porém, o impensado acontece: Lena se apaixona. Os sintomas são bastante conhecidos, não há como se enganar — mas, depois de experimentá-los, ela ainda escolheria a cura?
Distopia.
Muitas estão saltando por todos os lados, em várias linguagens, estilos e idéias. Estou amando!
Mas, nenhuma delas me causou um sentimento tão controverso quanto Delírio da Lauren Oliver. Eu o amei. Mas, ele me deixou tão mal.
O governo vigente nesse livro me causou náuseas ainda piores que A Capital (de Jogos Vorazes) ou A Sociedade (de Destino). Ao contrário dos outros livros, aqui não existem apenas castigos físicos e morais para a população (não que esse tipo de repressão seja menos pavorosa), mas também é imposto o medo do mais belo e valioso sentimento que existe.
O amordeliria nervosa, achei esse nome lindo cara! está em todos os lugares, em várias facetas e formas. É impossível não amar a sua família, seus amigos, seu trabalho, sua banda favorita, o Robert Pattinson, sei lá! Privar as pessoas de amar, mesmo que sempre sempre sempre doa, é a maior de todas as maldades.
Isso ocorre no livro.
Não fala só do amor romântico. Os amigos deixam de ser achegados depois da intervenção, os pais tem filhos sem nem ao menos lhes dar carinho... tudo vazio, frio... cinza.
No meio desse sistema está Lena.
Um cara seguro, calmo, alegre, doce, carinhoso e paciente. Com um passado que me fez chorar um oceano. Confesso que estava com medo também. Do que viria. Do que Lauren estava para dizer no final do livro sobre os dois.
- Como ficam Lena e Alex?
Li o livro todo ouvindo músicas românticas mais alegrinhas (escolhi duas para serem a trilha sonora), sentia um aperto no coração, parava de ler pra respirar. Sério.
Mas, comecei a perceber que era isso o que a autora queria que eu sentisse quando lesse. Mostrar que a dor é um passo obrigatório para viver nesse mundo. Ela nos move para a fé. Nos lapida. Faz crescer.
Lena cresce.
Pela emoção de redescobrir o por que você ama, aqueles que você ama. Para descobrir o que será do futuro da Lena. Para sentir a deliria de ler um livro lindo.
O amor
Isso ocorre no livro.
Não fala só do amor romântico. Os amigos deixam de ser achegados depois da intervenção, os pais tem filhos sem nem ao menos lhes dar carinho... tudo vazio, frio... cinza.
No meio desse sistema está Lena.
"Uma menina está tentando evitar quarenta patrulhas, com mais ou menos quinze a vinte pessoas em cada, espalhadas por um raio de onze quilômetros. Se ela precisa percorrer 4,3 quilômetros pelo centro, qual é a probabilidade de acordar amanhã em uma cela? Por favor, sinta-se à vontade para arredondar pi para 3,14" - pág. 169Lena é uma garota tímida, séria e tão marcada pela triste história da família, que você fica se perguntando as cicatrizes não podem ser vistas do lado de fora de seu corpo. Fiquei triste por ela, por seu medo, suas lágrimas. Lena está completamente convencida de seu sofrimento só irá sumir caso passe pela intervenção obrigatória que todo jovem (depois dos 18) tem de passar para ficar "seguro" do deliria. Ela tem um medo pesado de ter seu coração perdido para sempre... como sua mãe. Mas, Lena não está preparada para a chegada de Alex.
"Ele salvou minha vida - dos reguladores. Das pessoas que deveriam nos proteger e nos manter seguros. Das pessoas que deveriam nos proteger de pessoas como Alex." - pág. 178Não posso falar sobre Alex sem dar spoiler. Mas eu também contraí deliria por ele. Completamente.
Um cara seguro, calmo, alegre, doce, carinhoso e paciente. Com um passado que me fez chorar um oceano. Confesso que estava com medo também. Do que viria. Do que Lauren estava para dizer no final do livro sobre os dois.
- Como ficam Lena e Alex?
Li o livro todo ouvindo músicas românticas mais alegrinhas (escolhi duas para serem a trilha sonora), sentia um aperto no coração, parava de ler pra respirar. Sério.
Mas, comecei a perceber que era isso o que a autora queria que eu sentisse quando lesse. Mostrar que a dor é um passo obrigatório para viver nesse mundo. Ela nos move para a fé. Nos lapida. Faz crescer.
Lena cresce.
"Amor: uma única palavra , algo delicado, uma palavra que não é mais larga ou longa que uma lâmina. É o que ela é: uma lâmina, uma navalha. Ela corta pelo centro de sua vida, cortando tudo em duas partes. Antes e depois. O restante do mundo cai em ambos os lados.Delírio, da Lauren Oliver é uma série. Eu acho que você deveria ler.
Antes e depois - e durante, um momento que não é mais largo ou longo que uma lâmina." pág. 237
Pela emoção de redescobrir o por que você ama, aqueles que você ama. Para descobrir o que será do futuro da Lena. Para sentir a deliria de ler um livro lindo.
UPDATE:
Duas musiquinhas para o livro:
♫ La vida despues de ti - LU ♫
♫ Cielo Azul - Jesse y Joy ♫
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